Sensual, temporada de Milão termina com moda que deve agradar brasileiras
CAROLINA VASONE para UOL moda
"É de Milão que saem as tendências depois copiadas pelo mundo", sentencia a empresária e consultora de moda Costanza Pascolato, com a experiência de quem vê desfile internacionais há anos. Ela cita a onda folk proposta pela Gucci na temporada passada, que, batata, foi copiada por todo mundo, enchendo as vitrines de franjas, estampas com motivos étnicos, em marcas que vão da Zara às confecções do Bom Retiro que abastecem lojas de shopping.
Mais fácil de ser digerida (e, portanto, prato cheio para ser servida em banquete para muitos) a moda italiana para o Verão 2009, de maneira geral, não provocou tantos estranhamentos de desenho de moda, em propostas que fazem pensar "que roupa é essa, o que ela pode fazer (ou dizer) por mim", ou mesmo surpreender com aquilo que não se sabia nem que se queria mas quando oferecem, parece que sempre estivemos à espera daquela mudança. Em compensação, não houve quem não entendesse a mensagem: a palavra de ordem é sensualidade. As brasileiras, que gostam bastante desta palavra, devem adorar as novidades.
Luciano Soprani
Clássico da moda italiana, vide Versace, Gucci, Roberto Cavalli e Dolce&Gabbana, algumas das marcas mais "erotizadas" do planeta, a roupa para valorizar o corpo, completar a mensagem de que ele quer seduzir, vem acompanhada, no caso da Itália, de tradição na qualidade da confecção e de acabamento. Em algumas marcas, como a venerada Prada, na próxima estação, o sexo também será, além de corporal, intelectual. E aí, melhor ainda: a sedução ganha um caráter explícito e implícito ao mesmo tempo, quase como uma garantia de que, caso nada dê certo, tudo não passava de uma boa conversa.
Com armas diferentes - Jil Sander brincou com franjas e alfaiataria, Marni com cores e estampas em resultado não tão óbvio, Versace usou zíperes e geometria - as principais das cerca de 100 grifes que mostraram o Verão 2009 na última semana, querem fazer o calor ficar ainda mais quente com decotes, corpo à mostra e más intenções. Ou as melhores delas.
A seguir, veja algumas das propostas que se repetiram em muitos dos desfiles:
Franjas - Elas já apareceram em outras estações, mas continuam e vieram com força em alguns desfiles, como Alberta Ferretti, Jil Sander e Alessandro Dell'Acqua. Menos soltas, elas aparecem presas, às vezes formando espécies de babados ou peças inteiras, mais do que nos detalhes
Conjuntinhos - Ou os chamados "terninhos". Calma, não é o terninho estilo "Secretária do Futuro". Mas muitas grifes apostaram na combinação de saia (curta) com jaqueta, os dois do mesmo tecido e combinando, ou calça e paletó, ou ainda shorts e paletó
Bege e marrons - Eles são a base do verão, aparecem tanto para queimar tons pastéis ou vibrantes como sozinhos. O marrom muito escuro é exceção, não aparece tanto, mas o bege e os amarronzados mais claros estão em alta
Cintura alta- Se ainda não deu, comece a se preparar para dar adeus à calça de cintura baixa, que deixava o "cofrinho" à mostra. Não é preciso colocar a cintura lá nas alturas, mas a calça ou saia no lugar, onde a cintura originalmente é, pode até favorecer a silhueta, escondendo aquela barriguinha que saltava para fora, apertada pelo cós da calça.
Acima do joelho - O comprimento, de maneira geral, apareceu mais curto. As saias foram muito usadas, e também as bermudas curtas, mais soltas
Saia afunilada- Só para desmentir o item anterior, algumas grifes também apostaram nesta chique modelagem da saia afunilada, abaixo do joelho. Cuidado com ela, porém: não fique bem em muita gente
Formas arredondadas- Tanto em calças levemente estilo montaria quanto nas saias, o quadril arredondado foi proposto por muitos, com pequenos volumes. Muitos dos vestidos também continuam mais soltos e ovalados
Roxos e azuis - O roxo já apareceu em outras temporadas. Desta vez, o tom dele, porém, puxa para o azul e não tanto para o rosa como havia sido visto. Do lavanda ao roxo escuro, azulando até começarem as gamas dos azuis, as duas cores estão em alta
CRISE AFETA SEMANA DE MODA DE MILÃO - IT
Alguns criadores prescindiram dos desfiles optando por pequenas apresentações. Tudo porque fica mais barato
Redação Iol - Portugal
Estilistas italianos apresentaram, em Milão, as propostas para o próximo Outono/Inverno durante a fashion week que se prolongou até 4 de Março.
Cerca de 80 estilistas apresentaram modelos arrojados para enfrentar a estação fria.
Também em Itália a crise afeta o universo das roupas de autor. E se Giorgio Armani, Versaci e Gucci vão fazer dois desfiles cada um, há estilistas que prescindiram dos desfiles em detrimento de pequenas apresentações. Tudo porque sai mais barato.
Já Roberto Cavalli cancelou o desfile de sua marca jovem, após problemas com a distribuidora.
A semana da moda começou com os desfiles de Belen Rodriguez, Carla Carini, Elena Miro, Lorenzo Riva, Luciano Soprani, Simonetta Ravizza e Valeria Marini.
Semana de moda de Milão chega ao fim com as tendências do outono/inverno 2009
02/03/2009 12h22
Em meio a temporada marcada pela crise econômica que e enfraqueceu o setor têxtil italiano, número de desfiles foi reduzido
Redação do Portal O Tempo
Um dos mais conceituados eventos de moda no mundo, a semana de Milão (Milano Moda Donna) termina nesta terça-feira (3).
A semana italiana atrai a atenção do mundo todo por contar em seu elenco com uma das marcas mais desejadas e copiadas do mundo, a Prada, entre outros ícones da moda mundial.
A moda italiana é conhecida por um prêt-à-porter de luxo aprimorado, calcado na alfaiataria e subvencionada pelos acessórios de marcas como Fendi, Dolce & Gabanna, Gianni Versace, Roberto Cavalli e Giorgio Armani.
Porém, a semana de moda feminina, temporada outono/inverno 2009/10 foi marcada pela crise econômica, que cortou o número de desfiles e enfraqueceu o setor têxtil italiano. Pouco menos de 80 grifes se apresentaram, incluindo os desfiles dessa segunda-feira (2) e de terça-feira (3), dia do encerramento do evento.
De acordo com informações da Câmara Nacional Italiana de Moda, publicadas no site G1, a semana teve cerca de 10 desfiles a menos em relação à edição do ano passado.
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