A quem nunca foi, digo logo: Sim, durante o evento, São Paulo respira moda. Tudo aquilo que muita gente não tem coragem de tirar do guarda roupa o ano inteiro, é mostrado - e muitas vezes a coisa fica meio estranha, mas isso não vem ao caso, afinal, a moda também é democrática. Sim, você vê algumas das pessoas mais belas do país ali, reunidas, passando ao seu lado, e por sorte, você consegue fazer fotos. Mas esse lado é meio frio, também não reflete o que eu senti.
A emoção de receber a credencial (muitíssimo obrigada Cecília Lima e Carla Palmieri!) é indescritível, meus poros exalaram alegria extrema. Ao entrar, logo me deparei com artistas plásticos, compondo um cenário que seria completado nos dias seguintes. O mais belo foi perceber a paixão com que aquilo era feito. Aliás, percebi a paixão nas mais diversas formas, desde pessoas em estado de transe em frente à porta, na esperança de conseguirem um convite para desfrutar um pouco desse mundo, até as moças da limpeza, que cuidaram para que o ambiente permanecesse limpo (moda e sujeira não combinam!), e olha, eu conferi, elas sempre estavam com um simpático sorriso no rosto.
Aviso aos leigos de plantão: não, o evento não envolve apenas futilidade e um monte de rostinhos bonitos, pelo amor de Deus gente, só quem está lá dentro sabe de verdade quanto trabalho, quanta dedicação e quanto tempo longe da família são necessários para que dê tudo certo. Os estilistas pesquisam e batalham muito até revelarem aquilo em frente aos holofotes! E a imprensa então, quem pensa que tudo é um mar de rosas, está certo em partes, pois tudo o que há de muito bom exige também muito trabalho, muita força de vontade, noites mal dormidas (quando dormidas), um bom papo para entrar nas salas quando não se tem o convite, a melhor posição para fazer a melhor foto para VOCÊ! pois é, tudo isso é para que o público que não teve a chance de estar lá pessoalmente possa ter a coisa na forma mais real e bela possível!
Em meio a tantos saltos, make ups, e gente estilosa, rola também uma coisa meio rara, ao menos à primeira vista: Calor humano. Sim! existem pessoas receptivas, animadas e agradáveis, mesmo depois de uma semana sem dormir e comer direito (mas ó, valeu a equipe do coquetel servido quase que de hora em hora na sala de imprensa! ajudou muito, às vezes não dá pra parar pra comer, então a onda era fazer tudo ao mesmo tempo, os meninos do Burn então, verdadeiros anjos oferecendo-nos energia líquida!).
Falemos dos lounges: Um mais lindo e aconchegante que o outro. Cada um com sua visão e um único objetivo: mostrar o melhor de cada marca! A criatividade rolou solta, e os presentes puderam conferir um pouco da Paris Culture em meio a exposições, danças e performances. Eles também foram verdadeiros "potes de ouro no fim do arco-irís", tinha hora que a cabeça travava, e escrever se tornava uma tarefa quase impossível, graças a eles, podíamos relaxar ou nos divertirmos um pouco, e na volta, sempre batia aquela felicidade e inspiração para continuarmos o trabalho.
E falando em "paixão", esse foi o tema do SPFW verão 2010, e estava até estampado na pele de quem esteve por lá.
Muito mais que um evento de grandes desfiles, a semana de moda é também uma porta de sonhos, tanto para quem está, quanto para quem quer chegar lá. É uma verdadeira escola, e mesmo em poucos dias, pude perceber a grande diferença que ela fez na minha mente, principalmente em questões criativa. Só muita paixão mesmo para nos fazer sorrir e vibrar, ainda que com os pés doídos por causa dos saltos, encararmos o cansaço com humor e tentarmos ficar belos, mesmo com aquela olheira horrorosa ou cabelo desobediente (que o diga as modelos, reclamar? nunca!). Pois é, quem achou que ali a antipatia e a soberba reinavam, que tire seu cavalinho da chuva, ali se vê a Arte, a Criatividade, a Amizade, a Dedicação e a Perseverança.
E o que eu achei do evento? APAIXONANTE!
Nathaly Rabelo
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